Música, arte, entretenimento e uma dose de poesia. Aqui não tem segmento específico, é tudo muito pessoal. É que eu só quis dizer...
RSS

A grande agonia masculina...

Apesar do teaser ser extremamente polêmico, minha última intenção aqui seria rotular comportamentos ou fazer qualquer tipo de protesto contra os homens malvados, tão insensíveis, heartbreakers. O cunho pessoal parte simplesmente de observações rotineiras, e não de um desabafo qualquer que eu tenha resolvido blogar em #mimimi.

Na verdade, este pode ser um texto até em defesa dos homens. Acho que as mulheres são mais felizes porque elas têm toda a oportunidade para ser. Depois de séculos e mais séculos de blablabla ideológico e milhões de sutiãs queimados - que depois tiveram que ser comprados novamente, pois a gravidade é cruel para todas-, as mulheres se vêem hoje no direito de acreditar em qualquer coisa e ser o que quiserem.

Diferente dos pobres homens. Fora aqueles que tiveram uma educação super especial e aberta, ou até mesmo outros que surtaram e seguiram seu próprio caminho, os homens permanecem praticamente intactos na forma de pensar e agir. Antes de qualquer pedra que possa me ser tacada, não digo de forma alguma que não tenha existido uma adaptação à realidade contemporânea, mulheres trabalhando, etc.

Não é sobre um machismo em relação à mulher, somente. É um machismo em relação ao mundo. A grande e inerente necessidade de ocupar uma posição fixa, concreta, objetiva. O homem não pode viajar. Ele está no aqui, no agora. Tem que trazer a carne pra casa.

É uma vigilância constante e cansativa sobre a sua própria postura. Enquanto as mulheres precisam dos outros para afirmarem quem elas são (e aí vai meu querido Freud)os homens vivem nessa agonia incansável de afirmar pra si mesmos, o que eles são.

Daí uma característica quase que imperante no mundo masculino de detestaaaaaaar estar errado. É como se ficassem sem o tal objeto fálico, como se estivessem completamente nus e sem sua identidade. Deve ser duro não poder falhar.

Não vejo uma revolução para os homens, pois a própria cultura (mundial) odeia loosers. E obviamente, essa é uma cultura de homens. E eles nunca irão admitir que estão errados.

Alguns se imergem completamente na alienação estereotipada e "vambora"! Outros já ficam nesse meio termo, e até mesmo como as mulheres e seus próprios rótulos, não conseguem ser livres e dar um forte abraço no seu amigo gay, por exemplo.

É muito a zelar, não...?

Repetindo o texto da Martha Medeiros que circulou umas 1000 vezes na internet nessa semana - e parou até no programa da Ana Maria Braga -, repito a frase com outro vocativo: Homens, despenteiem-se!!!!

A música a seguir fica um tanto bruta pro teor do texto, mas pra quem possa discordar dele, até que faz sentido,rs.

American Boy - Julliete and The Licks

1 comentários:

Daniel White disse...

O assunto é pertinente mesmo Rany, nesses momentos eu sempre digo que tive sorte por ter sido criado pela minha mãe. Sou heterossexual e tb vivo preso por parâmetros que porcaria da sociedade impõe a todos os homens, como você falou, a necessidade de estar certo.

É quase obrigatório ter sucesso na carreira. A pessoa não pode optar por ter uma vida mais light no trabalho e ter mais tempo para outras coisas na vida. O dinheiro tem que vir em primeiro lugar SEMPRE.

Algumas coisas eu sei que consegui superar, como por exemplo pedir por ajuda quando estou perdido, ou admitir que sou capaz de errar ou de sentir dor.

O machismo só serve para atrapalhar, e quem não se enquadra nisso é "viado".

Engraçado disso tb é saber brigar.

Todo homem tem que ser bom de briga.

Quando era adplescente e fazia boxe thailandes, achava o máximo, porque sabia que eu brigava melhor que o resto, hoje em dia eu vejo o quanto idiota esse pensamento era.

Mas depois de tudo isso, eu continuo cuspindo no chão, bebendo água no gargalo da garrafa e deixando o assento da privada levantado, mas isso não faz de mim um homem de verdade, e sim um cara que não usa a educação que recebeu!

Beijos e belo texto Rany

P.S. Eu não cuspo no chão e nem deixo o assento levantado, mas já a garrafa dágua...

Postar um comentário