Pensei bastante antes de começar este post pois, já sei, blog não é diário. Mas acho que essa questão parte de uma situação pessoal que pode abranger algumas pessoas aqui e ali, se identificando com a situação (qual não seria o motivo de tantos meios de comunicação própria hoje em dia).
Entrar na faculdade foi, de certa maneira, colocar os pés no chão. Saí do "condado" em que fiquei alienada durante a minha vida inteira e fui conviver com gente que vivia completamente diferente de mim. E foi assim até acabar, e é assim até hoje. Mesmo assim, ainda pasmo de ser uma grande, graaande exceção. Fazendo um estudo de caso da minha pós, por exemplo(mais ou menos metade-metade pra cada sexo e uns 70% Zona Sul e 30% Zona Norte), eu não entraria em nenhuma segmentação.
Parando por aqui pra deixar claro que esse não é um texto lamentador de nada, estou apenas fazendo observações. Só quero dizer! (rs)
Não é de forma alguma se auto-excluir, mas simplesmente ter consciência, naqueles momentos em que usam a sua casa como exemplo de "era uma vez, um lugar muuito, muuito distante" de que você é sim, diferente.
Não entro pela teoria de que isso é um diferencial, pois não acho que alguma pessoa que tenha boa educação precise passar tanto perrengue (acho que nunca escrevi essa palavra) para ter boas lições de vida.
É só pela questão de, de vez em quando, se sentir diferente. E sem casa, pois também não moramos mais. São cidades-dormitório, simplesmente. Perde-se os laços por todos os lados. Não laços de relacionamento afetivo com pessoas, mas o sentimento de "home", que tanto se vê no comportamento do carioca, por exemplo.
E não há remédio, estudando e avançando, crescemos muito mais rápido do que a nossa cidade. Com 23 anos, acho que já estou muito mais inteligente e preparada do que muitos vereadores daqui. Não há mais diálogo com as coisas. Ando em um silêncio conformado e irritado, contando os segundos para partir.
E é isso o que eu acho uma pena nessa história. Já perder tão cedo, a vontade de ficar. Abandonar toda a sua história concreta (construções,escolas,casas de amigos) em troca de uma vida coerente com o que você se tornou.
Não caibo mais aqui.
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should y...
Há 4 anos
2 comentários:
Pois é Rany, estudando e avançando, como vc bem disse, a gente percebe que está mais preparado do que muito político por aí. Caxias, Rio, tanto faz, qualquer cidade está cheia parasitas. Acho engraçado que essa questão das "cidades-dormitórios" a gente vê na escola... Há quanto tempo, né? Isso já poderia estar mudando. bjos!
Rany, essa é minha história tb. Adorei
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