A minha droga é o riso.
É a vida sóbria, com todas as suas infinitas possibilidades.
São os carros correndo, luzes da cidade.
A minha droga não é escapismo - ilusão medíocre de quem acredita conseguir fugir.
A minha droga é o aqui, o agora, o mundo.
São os inúmeros lugares onde eu possa estar.
Nas gotas de chuva da janela do ônibus.
Nas pessoas cansadas que nele dormem.
Na claridade interrompida dos postes.
Em mim, no papel.
A minha droga é não parar de perceber.
Encarar a falta de afinidade de frente.
Reconhecer
que nem todos merecem conversa decente.
Minha droga não relaxa, não desespera.
Ela cresce, pois faz enxergar a vida
Avivando tudo e qualquer coisa
que venha dela.
2 comentários:
mudou o visual :)
escreva mais, sempre mais ;-)
Rany, que bom que vc voltou ao blog! Os poemas estão cada vez mais legais...
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