Música, arte, entretenimento e uma dose de poesia. Aqui não tem segmento específico, é tudo muito pessoal. É que eu só quis dizer...
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Deixando as redes sociais pra trás

Já fazia um tempo que sentia necessidade de ponderar -por escrito- sobre o comportamento das pessoas através de redes sociais. A princípio, vemos esta revolução de web 2.0 ser algo magnífico, concretização da democracia e circulação de idéias, liberdade de expressão, etc etc. E ok, tudo isso é verdade, e é muito bom.

Alguns meses depois deste alvoroço todo, acho que começamos a enxergar os prejuízos que isso acarreta. O mundo virtual sempre foi encarado como uma máscara. Criamos nick names, escolhemos as melhores fotos, pensamos estratégicamente qual será a música de perfil do orkut, desenvolvemos manias específicas de msn e.. pra quê. Óbvio que este post vai começar a generalizar, o que não significa que todos sejam necessariamente assim. Mas ainda acho que a grande maioria tem lá com o que se identificar aqui, rs.

Criar um profile é criar um "eu" virtual. Neste processo de "replicar" quem você é na internet, é óbvio que acabam havendo ajustes. Já conhecemos por aí mais de trocentas histórias onde estes "ajustes" viram uma verdadeira psicose, através mentiras brancas como "foto com as melhores amigas do mundo" ou até mesmo bizarrices produzidas pela simples arte do crop.

Acho que depois dessa bolha toda de mil profiles em tudo quanto era site, mil amigos de todos os lugares - com quem não temos contato, e muitas vezes, nem temos vontade de ter-, o que vem é um cansaço. De tanto se construir na web. De tanto zelar pelos recados recebidos, pelas fotos publicadas, pelo seu espelho para o mundo.

Há uma compulsão sem fim de adicionar qualquer cara "mais ou menos conhecida" em redes sociais. E este comportamento tão virtual quanto vazio é o que tem sido o cotidiano, atualmente. A palavra "amigos" não reflete bem o que deveria ser. Muitos deles deixamos lá por educação, medo de situações constrangedoras, ou por consideração. Tendo os contatos que realmente importam no meu dia a dia físico, msn e email por exemplo, comecei a aplicar o famoso "pra quê".

Como tudo hoje em dia, o "menos é mais" também começa a se aplicar pela web. Toda bolha esvazia uma hora ou outra, e o que fica é sempre a essência do que mais importa.

Este não é um post pessimista ou amargo, pelo contrário. Alguns dias atrás desativei meu facebook e ainda me sinto sem qualquer existência virtual e como se tivesse jogado uma roupa muito querida fora, rs.

Mas ao mesmo tempo vejo o quanto nos obrigamos a certas coisas culturalmente. Não que isso aconteça com todos os usuários de redes sociais. Mas acho que sempre vale a pena pensar porque estamos nessa.

1 comentários:

Unknown disse...

Palavras precisas, Rany. É um sentimento comum e talvez mascarado que ronda nossas cabeças. Pelo menos a gente tá aqui refletindo sobre esses modismos e tirando conclusões relevantes para a vida - virtual e real!

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