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Web: inventando maneiras de camuflar a persuasão

O advento da internet, sem dúvida, provocou a verdadeira revolução na forma de relacionamento entre consumidores e empresas. Ao contrário de toda esta batalha vivida até hoje, de "camuflar" a persuasão e influenciar na decisão de compra, o consumidor internauta prima pela conveniência de encontrar os produtos certos para suas necessidades.

O Google elaborou ferramentas importantes para influenciar a chamada "busca orgânica" feita n internet. Sites que são procurados e alcançam um número maior de clicks, por exemplo, tendem a ficar nas primeiras linhas de busca. Este tipo de mecânica ajuda tanto os consumidores - que possuem perfis extremamente objetivos na internet - quanto as próprias empresas que, uma vez que atendem às necessidades dos internautas, se posicionam cada vez melhor nos resultados de busca. 

 
Os anunciantes ainda têm a possibilidade de comprar links patrocinados para aparecerem sempre em posição de destaque nas páginas de busca. A Amazon, a mais importante loja de e commerce mundial, oferece ofertas customizadas para cada cliente cadastrado, baseando-se em suas buscas e compras anteriores. Neste sentido, quem entrega um conteúdo/oferta mais personalizado, sai na frente, pois alcança a objetividade pretendida pelo internauta. 

Ainda que este tipo de publicidade renda bons frutos atualmente, não é tão poderosa como o boca-a-boca gerado na busca orgânica (que, pelo que já vimos, não é tão espontânea assim) e nas redes sociais. Uma pesquisa feita com internautas no site Lovemarks de Kevin Roberts, CEO mundial da agência Saatchi & Saatchi, mostrou que 50% dos consumidores são mais inclinados a comprar produtos sugeridos por amigos.

Surgem no mercado agências de publicidade focadas exclusivamente em redes sociais. A democracia proporcionada pela internet se tornou um desafio no qual as empresas estão batalhando atualmente. Muitas ainda não reconheceram a sua força, e estão perdendo com isso. A internet criou a obrigação de tréplica das empresas, isto é, força o produto a ter um canal direto com seu consumidor. E isto não se torna um simples diferencial, se torna um atributo indispensável. Segundo outra pesquisa feita pelo site lovemarks.com, 58% dos internautas acha uma ótima idéia que os anunciantes encorajassem a participação dos consumidores.

A montadora FIAT produziu um case no Brasil recentemente , fabricando um carro que foi todo escolhido por internautas. A livraria Saraiva faz promoções-relâmpago exclusivas na rede de microblogs Twitter, fidelizando seus seguidores e consumidores. Todas estas ações visam não só se adequar a uma realidade de um consumidor muito mais cético e informado, mas também inserir a marca em um mundo virtual, pré-requisito para qualquer produto atualmente. Com a chegada dos computadores e internet para a classe C em países como Brasil, por exemplo, nenhum produto escapa da obrigatoriedade de sua presença n internet e sobretudo, nas redes sociais.     

O marketing portanto, apesar dos desafios, também encontra boas possibilidades atualmente. Cada vez mais sutis e perigosas para qualquer consumidor desavisado. De qualquer forma, a revolução recente na comunicação entre as pessoas não deixa mais brechas para produtos ineficientes com apelos publicitários fortes. A qualidade do produto e de sua comunicação com seu público agora se vêem obrigadas a caminhar juntas.

Referências Bibliográficas:

KLEIM, Naomi. Sem Logo – São Paulo: Record, 2002. 24 p.
ROBERTS, Kevin. Lovemarks – Rio de Janeiro: M Books, 2005
Site: www.lovemarks.com

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