Ir ao show de Amy Winehouse de uns tempos pra cá começou a ser como jogar na bolsa. Você vai na incerta, sem saber bem o que vai encontrar, mas ansioso para alguma surpresa.
O show de abertura já garantiu a cota de surpresas da noite. A cantora Janelle Monáe destilou energia e interação com o público e banda. “Pulou corda” com o fio do microfone, cantou deitada no chão e, fazendo um discreto moonwalk na música de despedida, desmanchou seu topete – sua marca registrada. Tudo isso para garantir que a entrada da polêmica diva se tornasse inesquecível para o público carioca.
Para uma terça chuvosa, o HSBC Arena estava bem populoso. Com aliviantes 40 minutos de atraso – a expectativa geral é que fosse mais tempo -, Amy entra em cena e começa o repertório. Tenta falar com o guitarrista diversas vezes durante as músicas, esquece trechos das letras e o roteiro, dança desengonçada, mas nada disso importa. O público a recebe bem, e aplaude cada tropeço “aparentemente embriagado”.
Desengonçadamente charmosa |
O show seguiu em toque de caixa, sem interrupções demoradas e com muita força da banda – eles fizeram acontecer. Com backing vocals inspirados e uma banda impecável, Amy não teve outra escolha senão caprichar. E ela se esforçou – ainda que não em todas as músicas. Rehab e You know that I’m not good, as músicas mais esperadas da noite, foram praticamente arrastadas. A multidão cantou animada, mas isso pareceu fazer o efeito contrário na cantora, que não deu muita bola.
Confusões fazem parte do show |
De xícara em xícara (bebendo alguma coisa não identificada), ela seguiu com o show. Quase no final, apresentou a banda – sem lembrar do nome de alguns dos integrantes. “We just met”, ela justifica. Mas todos estes episódios de Amy fazem parte do espetáculo, e ela volta com um bis super aclamado.
Backing Vocals inspirados |
O show termina meia-noite em ponto e ela fecha bem a última música. Acena para o público e sai antes do final da música, encerrando seus shows no Rio e deixando para trás um público aparentemente satisfeito.
Críticas boas ou ruins à parte, o show de Amy Winehouse sempre será um evento merecedor de atenção da mídia. É uma diva controversa que, dentre polêmicas e iniciativas surpreendentes -como estes shows no Brasil - leva muito talento. Resta aos fãs dar apoio e principalmente, aproveitar o momento.
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1 comentários:
"Ir ao show de Amy Winehouse de uns tempos pra cá começou a ser como jogar na bolsa." Muito bom!
Roubei uma foto sua e dei os devidos créditos no meu blog. Acho que perdi o cabo da minha máquina...
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