Música, arte, entretenimento e uma dose de poesia. Aqui não tem segmento específico, é tudo muito pessoal. É que eu só quis dizer...
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Tapando buracos


Às vezes a nossa situação é a mesma que a de uma Maria-Farinha.

As pessoas têm a infeliz mania de, ao chegar na praia, danar a cobrir os buracos. Mesmo sabendo que estão matando os bichos.

Não vou criar uma co-relação consciente. Mas isso é um pouco do que fazemos com nós mesmos durante a vida. A Maria-Farinha é bicho agitado, arisco, corre de um lado pro outro, é o objeto em si do imediatismo. Da resolução de problemas, do viver intenso. 

Às vezes temos  que jogar areia em alguns buracos. Sempre fiquei pensando o que acontecia depois disso. Se ela apodrece, e vira areia de novo. E tudo segue como se nada tivesse existido. Ou se fica aquele esqueleto ali, pra sempre. Escondido numa praia de verdade que as pessoas andarão sobre, mas nunca vão conhecer.

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