
Passei o dia no meio de "modelétes" incríveis, verdadeiras "musas", no sentido impossível de humanamente ser. Diferente da maioria da audiência do recinto - homens - comecei a tentar observar o que tinha por trás de tanta maquiagem e do sorriso intermitente.
E não deu pra saber. Estes comentários aqui podem enveredar por um lado muito clichê e já batido, mas é impressionante notar como que, quem são aquelas pessoas, simplesmente não importa. Pode-se perguntar: "vc prefere pizza ou churrasco?", "vc gosta de praia ou montanha", mas estes são meros disfarces que somente incrementam o entretenimento da coisa.
É, de fato, um sacrifício feito por esta classe profissional. Se anular como ser humano. O que nos difere dos outros é o nosso pensamento, nossos princípios, nossa história. E nada disso importa para a indústria do entretenimento. Ela simplesmente fabrica objetos com pequenos diferenciais físicos, para parecer variada, inovadora. O conteúdo real, vivo, a essência que cada um carrega é descartado e jogado no lixo, com muito gosto e sem fazer falta.
Não é necessariamente um preconceito ou uma crítica àquelas que seguem este rumo. É simplesmente uma perplexidade de como conseguem ser admiradas por tanto tempo. Como um objeto. Como uma boneca russa, colorida por fora, oca por dentro. Não há o incômodo de não ser encarada como pessoa. E segue o sorriso fake e enigmático. O que passa de verdade por aquela cabeça escovada, ninguém realmente saberá.
Não acho também que todas tenham noção disso. Algumas pessoas simplesmente reproduzem o que acontece na TV, e pra elas, a vida é realmente essa. A imagem vazia e insensível de uma tela. Para muitos, essa superficialidade já é o que basta pra vida.
É sorrir do que não quer. Forjar um produto que não se é, não se nasce. É escolher não ser.
2 comentários:
Eu comparo com carros tunados, sabe aqueles surreais que nós homens adoramos ver? Simplesmente olha e admira. Possuir aquele objeto é fora de cogitação, pois é um objeto de utilidade limitada a apenas admirar, nenhuma outra função útil.
Se gosta de ser um objeto, deixe-as ser. Deixe-as com suas capacidades limitadas. Não tem como uma daquelas chegar ao posto de gerência de uma equipe, por exemplo. Então elas seguem o rumo que mais lhe favorece. Todos temos que sobreviver, precisamos de um ganha-pão.
Vc já assistiu ao novo clip da Skakira, La Wolf ( La Loba). Veja no youtube. Eu como sempre me assusto com o rumo que a colombiana deu para sua carreira artística e acho que Shakira se tornou esse objeto oco, sem vida por dentro e belíssimo por fora, mas no fundo igual a tantas outras bonecas ocas como Britney, Beyonce e outras tantas que virao.
Bjs
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