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Logomarcas: acompanhando gerações através de formas e cores

A comunicação de um produto não se resume aos veículos pelos quais a empresa decide se comunicar, muito menos pelo slogan abordado em suas campanhas. Um símbolo pode significar um estilo de vida, um traço marcante na personalidade, ou até mesmo uma postura política.

A elaboração de logomarcas, portanto, não é um processo simples. O estudo de branding se estende por uma gama infitita de subjetividades, todas elas relevantes para a melhor adequação da marca ao seu público.

A logomarca do banco BRADESCO, em seu site oficial, define: "A Marca Corporativa da Organização Bradesco incorpora elementos geométricos que dão forma ao tronco e à copa de uma árvore. Símbolo de vida, crescimento, abrigo e suporte, é o melhor modo de traduzir o inabalável relacionamento do Bradesco com os nossos clientes, criando elos que se renovam com o tempo. Cada elemento gráfico da nova marca tem um significado."



A logomarca da rádio CBN, recentemente modificada, visa passar solidez (como sua imagem já consolidada proporciona), mas também velocidade - adequando-se ao modelo de jornalismo atual.



As logomarcas também evoluem e algumas delas podem chegar a um ponto de símbolo mínimo, como foi o caso da Nike. A marca começa com seu nome incluso, e hoje é simplesmente identificada pelo símbolo principal, carregado de sentidos e conceitos: just do it.


 


Alguns especialistas consideram fraqueza mudar a marca, pois tal mudança impacta no posicionamento do produto. Este tipo de teoria cai por terra quando analisamos casos como o da Coca-cola e o da Pepsi, concorrentes de décadas. Ambas mudaram suas marcas (a pepsi até bem mais que a coca), mas continuam líderes de mercado até hoje.



Reformular uma logomarca ou posicionamento sempre se deve a uma necessidade de mudança, mas não necessariamente à uma instabilidade da empresa, como muitos imaginam. A TV Brasil por exemplo, reformulou sua marca para acompanhar uma nova fase dos meios de comunicação, mais interativos e interligados. A evolução da sua logo simplesmente traduziu um fluxo de idéias que já estava acontecendo, não transmitindo fraqueza nenhuma para a marca.



A Starbucks foi outra que simplesmente acompanhou as tendências estéticas de sua época, sem tirar o conceito inicial do produto. Para este tipo de serviço, éimprescindível manter uma linha constante. Scott Bedbury, vice-presidente de marketing da Starbucks, reconhece abertamente que “os consumidores não acreditam realmente que exista uma grande diferença entre os produtos”, e é por isso que a marca deve “estabelecer laços emocionais e sólidos” com seus consumidores através da “experiência starbucks”.




A máxima neste processo que nunca deve ser deixada de lado é que os consumidores mudam. Portanto, se uma determinada marca apostar em um conceito extremamente contemporâneo, este terá que ser atualizado futuramente - dependendo claro, da solidez da idéia que ele transmite. Não há receitas certas para garantir estabilidade no mercado, mas tomar cuidado com os percalços contidos no caminho da inovação constante se faz cada vez mais necessário.

O branding, em suas encarnações mais autênticas e avançadas, trata de transcendência corporativa. (KLEIM, 2002)


Referências Bibliográficas: KLEIM, Naomi. Sem Logo – São Paulo: Record, 2002.

1 comentários:

Unknown disse...

Caramba, Rany, baixou a aula de publicidade legal aqui hein hahah. Mas o tema é bem interessante mesmo. A explicação do Bradesco parece que alguém fez de sacanagem, fala sério, já a Coca conservou um formato clássico sem radicalizações desde de... 1900!

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